segunda-feira, 28 de novembro de 2011

EB1 do Castelo | Castelo

Esta manhã visitámos a escola básica do Castelo. Num dia tão frio, surpreendeu-nos o conforto do interior desta escola e o seu grande pátio aprazível que não se adivinha do exterior. A luz estava linda e os meninos do 4.º ano andavam a varrer as folhas que o grande plátano que têm no pátio deixava cair ao chão, a anunciar que o inverno está mesmo, mesmo a chegar.  Enquanto o inverno não chega a turma ouviu-nos atentamente explicar o projecto Assembleia Municipal das Crianças de Lisboa e expor os temas de trabalho e a forma como tudo se vai processar. Ficaram entusiasmados, divididos entre a ideia de uma horta - que ali talvez seja difícil, já que no Castelo não há terrenos baldios e há poucos moradores que possam participar da ideia - e a questão da separação dos lixos. Esta, sim, talvez um assunto pertinente, num espaço da cidade tão apertado, onde é quase impossível colocar um contentor, quanto mais um ecoponto. Agradecemos à professora Filomena Barbosa a simpatia com que nos recebeu e prometeu empenhar-se. Bom trabalho, turma!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

EB1 Eng.º Duarte Pacheco | Beato

A equipa da AML esteve esta manhã na EB1 Eng.º Duarte Pacheco com as duas turmas de 4.º ano, os professores Nuno e Corália e a professora Margarida, responsável pela Biblioteca Escolar. Também tivemos o prazer de conhecer a professora Ana Vaz, coordenadora da escola. Como sempre, gostámos imenso de conhecer estes meninos e professores e saudamos o seu manifesto empenhamento, simpatia e vontade de participar neste projecto. Já foram escolhidos dois representantes de escola e não querendo nós revelar a sua proposta final à Assembleia Municipal das Crianças de Lisboa, adiantamos que parece que temos candidatos a hortelões. Contamos provar, ainda antes do final do ano, uma bela sopa!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Escolas recolheram em três anos mais de 4000 toneladas de lixo eléctrico e electrónico

Jornal Público, por Helena Geraldes

Mais de 4000 toneladas de computadores, televisões e impressoras velhas foram recolhidas pelas escolas do país desde 2008, o início da campanha Escola Electrão. Este ano inscreveram-se no projecto 572 escolas.
O desafio, lançado pela Amb3E - Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos às escolas de ensino básico e secundário, é o de recolherem o máximo de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE) e Resíduos de Pilhas & Acumuladores (RPA) que conseguirem num período que se situará entre 10 e 15 dias úteis, igual para todas as escolas. No final, a Amb3E recolhe todos os resíduos recolhidos.

Em comunicado, a empresa diz que o projecto Escola Electrão já recolheu 4.068.510 quilos de resíduos. No ano passado participaram 437.135 alunos e 62.225 professores; a Escola Secundária, em Serpa, foi a campeã nacional, com quase 50 toneladas recolhidas.

Desde 2008, “os alunos envolvidos no projecto superaram a meta que a Comissão Europeia prevê que cada português recicle num ano inteiro – pelo menos 4 kg/habitante/ano”, disse Victor Sousa Uva, director comercial e de comunicação da Amb3E, em comunicado enviado hoje ao PÚBLICO.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Peça de teatro ensina a separar e a reciclar lixo

# “Zeca e Alice no País Desmaravilhas”
 
A peça de teatro “Zeca e Alice no País Desmaravilhas” está a percorrer cerca de 70 escolas do ensino básico do concelho de Lisboa até meados do próximo mês de Dezembro, com mais de 120 espectáculos.

Esta iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa desenvolve-se no âmbito do programa de educação ambiental “Lisboa Limpa Tem Outra Pinta” e está integrada na oferta educativa para o ano lectivo 2011-2012.

A peça, que tem a duração de cerca de 40 minutos, recorre ao imaginário infantil, fazendo uma incursão bem-humorada pelo célebre conto de Lewis Carroll (Alice no País das Maravilhas). A história tem por base conceitos ligados à temática ambiental como a limpeza da cidade, a prevenção da produção de resíduos, a separação e a reciclagem. As personagens principais são o Zeca Limpão, já conhecido no âmbito do programa “Lisboa Limpa Tem Outra Pinta” agora transformado em eco-herói e a sua inesperada irmã Alice.

Para conhecer o calendário completo das actuações, por favor enviar um email para sg.dmc@cm-lisboa.pt.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Notícia | Jornal Público

Escolas têm cada vez mais alunos mal alimentados

Chegam sem a refeição da manhã, rondam sistematicamente o bar, mas nada compram. As escolas identificam cada vez mais alunos com carências alimentares, aos quais procuram dar resposta, apesar de os seus orçamentos também estarem em crise.

De acordo com a Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), as receitas de bufetes e papelarias das escolas estão a sofrer uma quebra de 30 por cento.

“Tanto no bar dos alunos, como na papelaria há efectivamente uma quebra. Ainda não quantifiquei, mas é uma redução substancial”, confirmou à Lusa o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira.

Os alunos têm cada vez menos dinheiro para gastarem na escola e em muitas situações chegam mal alimentados. O professor dirige uma escola em Cinfães, onde grande parte da mão-de-obra masculina estava associada à construção civil, agora estagnada.

Mesmo famílias que conseguem manter o emprego, vêem o rendimento reduzido e a escola é o primeiro lugar onde as evidências não podem ser negadas. “Reflecte-se se na quantidade de suplementos alimentares que estamos a dar aos alunos identificados pelos directores de turma”, conta o docente.

Ao perceber que há alunos mal alimentados, a escola oferece um lanche ao início da manhã e outro a meio da tarde: um pão com queijo ou fiambre e um sumo ou leite.

“Temos sinais para poder tomar este tipo de decisões. Um deles tem a ver com a não utilização do cartão (electrónico) por falta de dinheiro”, relata o dirigente, que conta também com o director de turma para perceber se o aluno toma o pequeno-almoço ou se “anda sistematicamente à volta do bar dos alunos e não compra nada”. A situação é facilmente identificada pelos funcionários e analisada com uma assistente social.

A escola, classificada como Território Educativo de Intervenção Prioritária (TEIP), já presta este apoio há vários anos, mas nos últimos tempos teve necessidade de o reforçar. “Estamos a falar neste momento de um universo de oito a 10 por cento dos alunos da escola”, indica o director do estabelecimento, com 650 estudantes.

Presentemente são 50 a 60 alunos que recebem o suplemento alimentar, mas estão constantemente a ser identificados “mais alunos” nestas circunstâncias. Manuel Pereira conta receber verbas para estes apoios, mas quando não as tinha, utilizava todos os lucros do bar dos alunos e dos professores para prestar este auxílio.

Nos contactos que faz regularmente com directores de outras escolas, constata situações semelhantes.

Também o presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) nota que os alunos já não levam “notas grandes” para a escola. “As quebras são em tudo, como não hão-de chegar aí também”, questiona Adalmiro Botelho da Fonseca.

“Aquela época em que os alunos levavam muito dinheiro para a escola, que era uma coisa que me incomodava imenso! - de famílias às vezes com dificuldades -, o aluno que queria umas sapatilhas de marca e tinha não sei quantas, isso está a passar”, atesta. Agora, diz, “é que toda a gente começa a aperceber-se que estamos em crise”.

http://www.publico.pt/Sociedade/escolas-tem-cada-vez-mais-alunos-mal-alimentados-para-ajudar-1519815#Comente